Eis que temos a honra, não apenas da presença surpresa do autor dos contos homoeróticos que compõem a dramaturgia da peça, como (de quebra), Marcelino ainda nos presenteia com seus acentos e pontos de exclamação:
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![bicha-oca[1]](https://lh3.googleusercontent.com/blogger_img_proxy/AEn0k_s5XLJ7NmehEe7nZexM5CCcYQT52382QsthP4ZIlYEAWGsgaL3QWvXensrbZWFMczChA9RlLMW8ycNv6wG_WNyh86taIjRTqYQO-48j9RMwfDkdu59W-fnD_pOVriGM1mTnIkFioll3hW97y86wc9_v=s0-d)
Eu queria muito ser ator. Já disse isto em algumas entrevistas. Desisti quando descobri que tinha eu muito pudor para ser ator. Daí admiro quem sobe à cena desnudo. Digo: com a coragem toda à vista. Entregue ao corpo do personagem. Falo disto, hoje, porque o ator Rodolfo Lima é um desses casos. Se eu pudesse ser ator gostaria de ser ele. Em seu empenho. Desempenho surpreendente. Por exemplo: quando ele faz a peça
Bicha Oca (acima, em foto de André Stéfano). O espetáculo trabalha com os meus contos com temática homossexual. E eu vejo o Rodolfo “possuído” e parece que estou me vendo. Meus personagens ocos. Vazios. E descrentes. Meu Cristo! Quem viu a peça sabe do que falo. Sem contar que Rodolfo, faz tempo, também encarna os contos de Caio Fernando Abreu. Em interpretação igualmente visceral. Aproveitem e vejam. Vai até amanhã, sábado, a mostra do repertório deste grande ator. Em cartaz na Casa Contemporânea. Saibam mais sobre as peças e o local acessando
aqui. E vale destacar idem que na peça
Bicha Oca ainda há a revelação que é o ator baiano João Pedro Matos. Eta danado! Os dois, no palco, me dão saudade. Do teatro que eu sempre quis fazer e não fiz. Salve, salve!
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